O mundo acabou. Ao contrário do que pressupunha o imaginário popular (e os diretores de Hollywood), contudo, seu fim não se deu com o apocalipse a devastar o planeta com tempestades, terremotos, invasões extraterrenas e afins. Não; o fim do mundo foi musicado, repleto de aura e energia positiva. Seu processo durou pouco menos de três horas e, ao final, não se viu um corpo sequer às traças – mas apenas almas vibrantes a não reconhecer ao certo a dimensão onde se encontravam.
Jamais acreditei nas profecias milenares de Nostradamus ou de quem quer que fosse, tampouco levei a sério o alerta constante do amigo Ernani (o que, em parte, explica minha ausência no blog). Jamais dediquei qualquer tempo à leitura menos rasa de qualquer coisa sobre o assunto. Primeiro porque sempre achei que o mundo já acabou há muito tempo, partindo do princípio de que seu fim está atrelado ao mal; depois, porque isso é apenas pretexto para reportagens de publicações autodenominadas interessantes.
Do alto de minha soberba, errei. A civilização pré-colombiana estava certa, o calendário maia foi rigorosamente preciso em sua sequência numérica: dois zero um dois. O que não previam, no entanto, era o traço vertical entre os dois primeiros e os dois últimos números. Sacramentada aquela que se tem por hábito denominar barra, tudo fez mais sentido às almas a perguntar “por onde andei?”.
Não se tratou de um espetáculo anunciado explicitamente como tal, mas sob a máscara de uma apresentação artística, digamos, apenas mais esperada – e mais cara – do que o convencional. Os portões para o fim do mundo abriram às 18h30. Os ingressos custaram quase 90 euros – e estima-se que algo em torno de 14 mil pessoas o acompanharam ao vivo, da costa de uma ilha no hemisfério norte.
O fim do mundo, a bem de toda a verdade, foi primoroso. Tivesse o poder de revivê-lo, o faria diariamente – como que para poder entender melhor cada detalhe de seu porquê, reprisar cada nota de sua mensagem.
Jamais acreditei nas profecias milenares de Nostradamus ou de quem quer que fosse, tampouco levei a sério o alerta constante do amigo Ernani (o que, em parte, explica minha ausência no blog). Jamais dediquei qualquer tempo à leitura menos rasa de qualquer coisa sobre o assunto. Primeiro porque sempre achei que o mundo já acabou há muito tempo, partindo do princípio de que seu fim está atrelado ao mal; depois, porque isso é apenas pretexto para reportagens de publicações autodenominadas interessantes.
Do alto de minha soberba, errei. A civilização pré-colombiana estava certa, o calendário maia foi rigorosamente preciso em sua sequência numérica: dois zero um dois. O que não previam, no entanto, era o traço vertical entre os dois primeiros e os dois últimos números. Sacramentada aquela que se tem por hábito denominar barra, tudo fez mais sentido às almas a perguntar “por onde andei?”.
Não se tratou de um espetáculo anunciado explicitamente como tal, mas sob a máscara de uma apresentação artística, digamos, apenas mais esperada – e mais cara – do que o convencional. Os portões para o fim do mundo abriram às 18h30. Os ingressos custaram quase 90 euros – e estima-se que algo em torno de 14 mil pessoas o acompanharam ao vivo, da costa de uma ilha no hemisfério norte.
O fim do mundo, a bem de toda a verdade, foi primoroso. Tivesse o poder de revivê-lo, o faria diariamente – como que para poder entender melhor cada detalhe de seu porquê, reprisar cada nota de sua mensagem.
Depois do show de Paul Mccartney, o mundo – ao menos o meu – começou de novo. Tudo foi dividido entre antes e depois. Entre o que ficou pra trás, apequenado e moroso, e o que se descobriu depois da prova de que Deus não só existe como foi um beatle nos anos sessenta.
1 comentários:
Sábio, amigo! A profecia se cumpriu e nós, desde o último 20/12, vivemos certamente em um novo mundo. Que a sagrada música do Paul esteja sempre entre nós! Amém, porraaaa!!
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