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O fim do mundo é democrático e sem Copyright.
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Eu não quero que o mundo acabe

Ainda que São Paulo tenha um trânsito caótico.
Ainda que o solo do nosso Nordeste não vingue.
Ainda que o Sul chore pelos mortos das enchentes.
Ainda que o Rio de Janeiro esteja dominado pelo tráfico.
Ainda que Brasília seja o lar dos safados de cuecas cheias.
Ainda que os índios da nossa Amazônia vivam esquecidos...

2012 está aí e eu ainda não casei, não escrevi um livro, não tive filhos. Não vi um show do Guns nem do Iron. Não visitei Jerusalém, não vi de perto nenhuma Copa do Mundo. Não vi meu Coringão ser campeão mundial (Ernani, não somos!). Não sei o que é ter desejos de grávida, não sei que gosto tem as comidas da Índia, não andei de balão em Istambul, nem de camêlo no Egito. Tenho milhões de coisas para fazer e o tempo está acabando. Então por favor Papai do céu, acabe com o mundo por partes. Pode começar por Brasília, depois os EUA... mas demore para chegar na França, Irlanda e no Brasil. Prometo aproveitar cada minuto extra com toda a intensidade que me é característica e quando eu chegar aí em cima (será que chego?), devolvo a bondade com um abraço forte como aqueles que gente amada recebe no fim do tempo da saudade.

Obrigada.

3 comentários:

Mr. Lemos disse...

Lindo, irmãzinha. Continuo aqui cheio dos motivos pra simpatizar com o fim. Mas, diante dos seus argumentos, até acho que vale uma prorrogação...

Mala ou Mochila disse...

Assino embaixo! Parece até que este texto foi escrito por mim. Tem tanta coisa ainda que quero fazer...

Thiago Crespo disse...

Como assim não somos campeões mundiais?!??!?????!!!!